Carta à minha mãe

Mãe, hoje eu acordei com muita vontade de visitar o seu tumulo.

Deve estar meio abandonado, afinal depois de tanto tempo sem ir ali.

Confesso que sinto vontade de ir às vezes, ao menos pra cuidar, mas eu sempre me lembro de suas palavras: “... Não vá, não cuide, não leve flores, não sofra” Eu tento obedecer, mas só a parte do “não sofra” que fica um pouco complicado ainda, mas eu juro que tento, mãe.

Daqui a poucos dias será dia das mães e eu ainda lembro-me do seu cheiro e do seu abraço como se tivesse passado 15 dias e não 15 anos.

Meu Deus, 15 anos. Eu sobrevivi. Foi bem isso, sobrevivência. Talvez nem você imaginasse o quanto seria difícil pra mim, viver sem você.

Bom, mas eu quero te dizer que você me apresentou a um Deus único e fiel que tem cuidado de mim e encontrado muitas formas de me mostrar qual seria o seu conselho, qual seria sua visão e o que é ser FAMILIA. Às vezes Ele me joga numas situações que eu olho pra cima e brinco “Jeová, está de brincadeira comigo neh” rs, mas como um amigo me disse uma vez: “Monica, Deus olha pra você lá do céu, balança a cabeça e dá risada, acho que ele te ‘releva’ as vezes” kkk. E também um outro amigo que dizia “Monica, eu vejo que você é xodozinho de Deus” rs

Ah, eu também preciso te dizer que a tia tem sido uma boa mãe, tah. rsrs. Sem ela e o tio Elias não sei o que seria da gente. Você deixou tudo bem certinho. rs

Neste próximo Dias das Mães eu prometo que vou tentar não chorar por você (ou chorar menos) e chorar de alegria por ter uma filha pra me abraçar. Alias, que lindas netas você tem, hen,  precisava conhecer! Duas pérolas.

Eu sei que à luz da bíblia (*) é meio estúpido escrever essa carta porque onde você está não irá ler nem saber. E eu fico até feliz por isso porque eu quero mesmo que você descanse bem ai no colo de Jesus porque você merece muito o acariciar dele. (**) Mas eu escrevi mesmo assim porque minhas mãos pediram e porque eu quero viver de tal forma que eu te encontre um dia aih e te diga tudo isso pessoalmente. (***)

P.S. Eu te amo.

 (*) Salmos 146 v 4 "Sai-lhe o espírito, e ele volta para terra, naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos."  Eclesiastes 9 v 5 "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, ... mas a sua memória fica entregue ao esquecimento". v 10 "Tudo quanto te vier á mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma".Salmos 114 v 17 "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio”. 

(**) Eclesiastes 12 v 7 “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”I Tessalonicenses 4 v 14 "...Assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele..."

(***) I Tessalonicenses 4 v 17 ... Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

Minha oração neste domingo

Prepara tudo, Senhor, conforme a sua vontade.
Conheces os meus planos, mas eu prefiro que se cumpram os seus.
Sem a sua orientação eu não vou decidir.
Sem o seu consentimento eu não vou prosseguir.

Monica Alexandrino

"O barbeiro incrédulo"

Conta-se que um dia um homem foi à barbearia para cortar os cabelos e, enquanto o barbeiro o atendia, ambos mantinham uma conversa animada.
...
Falavam de muitas coisas, até que o homem resolveu falar da vida e, para explicá-la, falou de Deus.

O barbeiro, homem muito incrédulo, começou a contestar a existência de Deus e falou:

Deixa disso, meu caro! Deus não existe!

E por quê? Perguntou o homem.

Ora, se Deus existisse não haveria tantos miseráveis passando fome! Olhe à sua volta e veja quanta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar!

Bem, se essa é a sua maneira de pensar, eu a respeito.

Sim, claro, falou rapidamente o barbeiro.

O homem pagou o corte e foi saindo quando avistou um maltrapilho com longos e feios cabelos, barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço.

Não se conteve, deu meia volta e falou ao barbeiro: Sabe de uma coisa? Não acredito em barbeiros! Barbeiros não existem.

Como assim? Perguntou surpreso o descrente.

Sim, falou o homem, se existissem barbeiros não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas!

Ora, existem tais pessoas porque evidentemente não vêm a mim!

Que bom! Disse o homem. Agora você entendeu.

Se o fato de existirem pessoas passando fome, enfrentando dificuldades, sofrimentos, dores, fosse suficiente para provar que Deus não existe, estaríamos observando a realidade de um ponto de vista muito estreito.

A existência de Deus é uma verdade subjetiva, e como tal, deve ser buscada com a razão e o sentimento.

Cada pessoa pode encontrar Deus de maneira diferente, mas existe uma condição básica: é preciso buscá-lo com firme desejo de encontrá-lo.

Um homem fez uma poesia que fala do seu reencontro com Deus, que diz o seguinte:

Deus, passei tanto tempo te procurando... Não sabia onde estavas.

Olhava para o infinito, não te via, e pensava comigo mesmo: será que Deus existe?

Não me contentava na busca e prosseguia.

Tentava te encontrar nas religiões e nos templos, tu também não estavas.

Te busquei através de sacerdotes e pastores, também não te encontrei.

Senti-me só, vazio, desesperado, e descri.

E na descrença tropecei...

E no tropeço, caí...

E na queda, senti-me fraco.

Fraco, procurei socorro.

No socorro, encontrei amigos...

Nos amigos, encontrei carinho...

No carinho, vi nascer o amor.

Com amor, vi um mundo novo...

E no mundo novo resolvi viver.

O que recebi, resolvi doar...

Doando alguma coisa, muito recebi.

E recebendo, senti-me feliz.

E ao ser feliz, encontrei a paz.

E tendo paz foi que enxerguei que dentro de mim é que tu estavas...

Foi em mim que, sem procurar, eu te encontrei.."

By: Luciana Ciriaco

(desconheço o autor)

Páscoa: Medite naquele que morreu por nós

E que todo o meu viver e o meu coração seja derramado aos pés daquele que morreu por mim e me amou ainda que em nada eu tenha merecimento.
Eu te amo, Jesus.
E hoje eu só quero dizer, muito obrigada.

Monica Alexandrino