Certa noite eu estava na rua jogando conversa fora com um amigo quando passou uma guria, da minha faixa de idade mesmo (16 – 17), com um bebezinho no colo e eu comentei: “como essas meninas tão novas estão engravidando, não se cuidam...” Dois meses depois eu descobri que estava grávida de três meses.
Poisé. Nem fico vermelha pra contar isso. rs. Sabe aquelas coisas que a gente acha que só acontece com os outros. Era mais ou menos assim na minha cabeça.
Foi só isso pra eu não mais fazer juízo de alguém. Humanamente é difícil, pois quando a gente se percebe já está pensando em como-eu-faria-diferente, mas quando acontece imediatamente eu já me corrijo. O bom senso rege o mundo!
Li de Paulo Coelho: “Não devemos julgar a vida dos outros porque cada um sabe da sua própria dor e renúncia. Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é o único”.
Eu já errei muito nessa vida, mas o meu maior orgulho é perceber que com cada erro eu aprendi uma lição e que a vida é isso mesmo, essa eterna escola. E que eu consegui fazer dos meus erros uma vitória pessoal.
Graças a Deus eu sou inteligente pra isso – modestamente falando (rs) – mas na verdade acho que nem é uma questão de inteligência, é de sabedoria mesmo.
Por que eu estou escrevendo isso? Tenho observado algumas coisas.
Antes de tudo quero deixar claro que a intenção não é de lançar indiretas, é levar-nos a uma reflexão mesmo.
Pessoas que me julgaram, me olharam com soberba, fazem um pouquinho pior e algumas ainda me pedem conselho.
As pessoas julgam até que um dia, entre as voltas que o mundo dá, elas se veem na mesma ou parecida situação. E ai? Cadê a altivez mesmo?
E ainda tem as que julgam pela aparência. Cuidam tanto do visual, mas na hora de botar a cabecinha pra funcionar e parar de cometer os mesmos erros, misericórdia – Só Deus na causa. Por Deus do céu, eu continuo preferindo ser como o bom perfume, bem melhor na essência do que no frasco. Posso garantir que terá muitas lindinhas lendo isso e sequer entendendo a metáfora.
Não. Eu não estou sendo arrogante. Estou sendo realista. Não sou melhor do que ninguém. O que eu consigo e consegui é possível pra qualquer um. Basta querer. Simples assim.
Eu ainda erro, e como mera humana que sou, continuarei errando até o fim da minha vida. O diferencial é: pretendo continuar tirando lições de cada erro e fazendo o meu melhor pra não me julgar melhor do que os outros. Mas peço a gentileza de tentar fazer o mesmo comigo. Se não o fizer, vai lá e vença sozinha. Como eu fiz. E vê se aprende desta vez.
Outra coisa: Quem sabe muito sobre mim é Deus. Então não tente me analisar e tirar conclusões a meu respeito. Acredite, eu pareço uma meninona mesmo, mas essa não é a parte maior de mim. Eu escolhi ser assim, mas meu juízo está bem aqui, atrás do meu jeitão despojado e de minhas brincadeiras de menina.
Já faz tempo que a vida me fez mulher e mãe. Mas é uma questão de discernimento. Hora pra tudo. Se eu prefiro não ser o tempo todo 100% "adulta" é um direito meu. Se você prefere levar a vida sempre a sério é um direito seu. Suas rugas chegarão mais rápido que as minhas.
Já faz tempo que a vida me fez mulher e mãe. Mas é uma questão de discernimento. Hora pra tudo. Se eu prefiro não ser o tempo todo 100% "adulta" é um direito meu. Se você prefere levar a vida sempre a sério é um direito seu. Suas rugas chegarão mais rápido que as minhas.
E pra finalizar, um beijo pra você que está lendo isso com boca-de-nojo (como dizia minha mãe). Daqui mais uns anos quando a vida te moldar a gente senta pra conversar de igual pra igual.
“E tenho dito.” rs
Monica Alexandrino